Desenvolvimento Econômico e o BNDES

Nas últimas semanas eu não tinha um momento para escrever. Na verdade, estou trabalhando todo o tempo e quis terminar de ler todo o documento do BNDES na sua integralidade antes de escrever. Eu percebi que sim quero continuar e talvez faltará tempo e seria melhor escrever um pouco sobre duas das palestras incluídas em vez de não escrever nada.

Então, escolhi mencionar alguns pontos das palestras seguintes no programa intitulado “Desenvolvimento e Globalização: Perspectivas para as Nações. Essas duas eram “Depois do Neoliberalismo, O quê” por Dani Rodrik e “Globalização e Desenvolvimento” por José Antonio Ocampo.

No geral, o que eu quero enfatizar é a importância de ter políticas indígenas para o país onde elas serão aplicadas.  Essa idéia foi suprimida por muitas décadas porque os países de desenvolvimento foram pensados como tendo governos corruptos, quais eram incapazes de desenvolver sem seguir um modelo econômico estabelecido no exterior.  A história tem mostrado que “os países que dançaram conforme sua própria música” tinham o maior êxito no seu desenvolvimento econômico e social (3).

Um ponto marcante que foi mencionado por Rodrik é que a inovação de um país não se produz porventura.  Uma política e sistema de suporte forte têm que existir para assegurar que algumas inovações são criadas no mesmo país onde elas estarão implementadas.  É importante que um país tenha um plano e tem o poder para discriminar contra de setores industriais que não são prioridades naquele plano.

O processo de experimentação institucional e produtiva demostraram a ser os motores mais importantes do desenvolvimento econômico (16).  Os países em desenvolvimento precisam da capacidade independente para formular um arranjo de políticas que vão fomentar um crescimento sustentável.

O segundo palestrante nos contou que a idéia que uma economia aberta é igual a uma macroeconomia estável nunca se confirmou (47).  Quando um país emergente adopta um política de comercio livre total e obedece todas as regras econômicos impostas do exterior, o seu crescimento se torna volátil.  Todo o seu crescimento é no benefício aos países desenvolvidos e nenhuma ventagem está presente para as cidadãos dentro do país emergente.  Como foi mencionado na palestra: “O crescimento volátil conduz a um alto índice médio de subutilização da capacidade produtiva, reduzindo a produtividade e o lucro e afetando adversamente o investimento, o que afeta o crescimento a longo prazo” (French-Davis 2000).

Nos países com economias meio abertas foi encontrado três pilares fundamentais para a criação de uma competitividade sistêmica (49).

  1. a criação de sistemas de inovação para acelerar a acumulação de capacidade tecnológica;
  2. o raspaldo a novas atividades produtivas e à formação de vínculas na produção;
  3. a oferta de serviços infraestruturais de alta qualidade.

Tudo isso é importante entender na face de proclamações que a Aliança Pacifica tem uma política mais sensata do que MERCOSUL, ou no caso específico, do Brasil.  Um crescimento mais lento, porém planejado, leva maiores beníficios a longo prazo.  Também uma conscientização de Industrialização por Substituição de Importações (ISI), ao nível regional, pode oferecer uma solução real para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos desse grupo de países.

Embora que a moda atual é para desacreditar no êxito brasileiro em favor daqueles países da Aliança Pacifica, acho que agora é o melhor momento para investir no Brasil.

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